
Em 2016, 75 mil profissionais foram afastadas do trabalho por doenças emocionais.
Não obstante a crise econômica que atingiu o país nesses últimos anos causando grandes prejuízos aos empreendimentos, às empresas, desde sempre sofrem com doenças emocionais. Você pode questionar: Como uma empresa sofre com doenças emocionais? Simples: Desde a presidência à mão de obra, há pessoas atuando para o desempenho da empresa. Uma vez que pessoas sofrem com doenças diversas, a empresa sente a deficiência desse componente de sua equipe.
Não estou me referindo às doenças patológicas, pois estas, as empresas têm se precavido, mas sim, às psicopatológicas e distúrbios emocionais que estão presentes no indivíduo vinte e quatro horas por dia, independente da pessoa e de suas condições intelectuais. Essa condição emocional vai interferir, impedindo que ela chegue ao nível de satisfação consigo mesma, com seus colegas e superiores e no seu rendimento profissional, sendo a responsável pela retirada do mercado de trabalho de milhares de profissionais todos os anos. A principal delas é a depressão - tachada de mal do século.
É praxe das empresas advertirem seus funcionários que “os problemas pessoais fiquem da porta para fora”, no entanto, na prática isso não é possível. Seria o mesmo que pedir a uma mulher que deixe as tensões pré-menstruais da porta para fora da empresa. Os problemas psicopatológicos não estão sob o controle do indivíduo, porque são manifestações do inconsciente - bloqueios, traumas e medos que impedem a livre expressão de suas potencialidades. No ano passado, 75,3 mil trabalhadores foram afastados em razão desses problemas, com direito a recebimento de auxílio-doença em casos episódicos ou recorrentes.
O conceito de “inconsciente” é um pilar da teoria psicanalítica, formulada por Sigmund Freud no início do século XX, referindo-se à parte da mente que contém ideias e desejos inconscientes - responsáveis pelos transtornos mentais e comportamentais, causadores, não só da depressão, como estresse, ansiedade, transtornos bipolares, esquizofrenias e transtornos mentais relacionados ao consumo de álcool e drogas, que causam grandes prejuízos, representando 37,8% de todas as licenças em 2016 e mais de 199 mil profissionais foram afastados do trabalho, recebendo benefícios relacionados a estas enfermidades. Em 2015, o total registrado de afastamento foi de 170,8 mil. De todo o pessoal afastado no ano passado por transtornos de comportamento, em geral tiveram o ambiente profissional como um dos agentes desencadeadores da doença.
Nesse caso, a pessoa do psicanalista é essencial na saúde emocional da empresa, tratando individualmente os casos psicopatológicos através da escuta psicanalítica (anamnese) e vivências práticas (psicodrama) - ou coletivamente mediante processo de coaching, por meio de dinâmicas de grupo e no desenvolvimento de equipes gerenciais nas empresas.
Tratados os traumas, medos, problemas emocionais e depressão, o funcionário será mais saudável, com mais vontade de viver e de se relacionar, refletindo em sua produtividade, trabalhará de forma inteligente utilizando todo o seu potencial, antes recalcado no inconsciente.
Osésa Rodrigues de
Oliveira
Psicanalista Clínico
pelo Instituto Sigmund Freud
Pós Graduado em Psicanálise
Aplicativa – FTP.
Clínica de
Psicotheoterapia - Paranavaí (44) 3045-3070
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