
Dados
de uma pesquisa nacional recente nos Estados Unidos, apontam que entre 2005 a 2014,
o número de jovens depressivos subiu de 8,7% para 13,3% na faixa etária entre 12
a 17 anos.
No Brasil
faltam estudos sobre o assunto, mas, segundo médicos e pesquisadores, o
crescimento é uma realidade, não sendo identificado nem tratado. Irritação,
agressividade, mudanças bruscas de humor, desânimo e isolamento, são visto como
natural para quem convive com adolescentes, já que para eles, não se sentir bem
é normal.
Apesar
da dificuldade de identificar a diferença entre o comportamento natural do
adolescente e os sintomas da depressão, uma vez que esses sintomas se
manifestam de forma diferente entre os adolescentes. Enquanto uns se isolam, outros tornam-se
agressivos. Os sinais mais comuns de depressão observados entre adolescentes
são: Repetição de sentimentos, atitudes negativas, insônia, perda de interesse
em atividades e irritabilidade constante.
É
importante que os pais prestem atenção no comportamento de seus filhos e,
identificado esses sintomas, o diálogo é fundamental - principalmente ouvir, já
que esta é uma das principais reclamações dos jovens e adolescentes – que o
pais não têm tempo para ouvi-los.
Não
obstante a cobrança constante dos pais pelo bom rendimento escolar, o
descontentamento com a imagem corporal, as desilusões amorosas e o medo do futuro,
são causadores de estresse. Somados às mudanças naturais que o adolescente
sofre, um quadro depressivo pode estar instaurado, sem que seja perceptivo.
Há
quem diga que a depressão não pode atingir o jovem cristão, no entanto, esses
estão mais propensos à quadros depressivos, visto que os jovens seculares
descarregam suas pressões emocionais e adrenalina em festas, baladas e outras
atividades.
Devido
ao conceito de santidade ensinado em muitas igrejas evangélicas, a juventude
cristã tem uma vida sedentária e reservada – o que tendo maior propensão à
depressão.
Quando
se trata dos filhos dos pastores, além das condições impostas no geral, eles
são cobrados pela posição de “filhos do pastor” como modelo. Sobre eles é maior
a cobrança. Daí a razão porque muitos se afastam do evangelho.
De acordo com o Instituto
Schaeffer, 80% dos pastores pesquisados acreditam que o ministério pastoral
afetou negativamente suas famílias, principalmente os filhos.
“Pois que o meu espírito se angustia
em mim; e o meu coração em mim está desolado”. Sl.143:4.
Osésa Rodrigues de
Oliveira
Psicanalista Clínico
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