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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Depressão entre jovens cristãos



A depressão é um estado emocional a qual todas as pessoas estão sujeitas, incluindo jovens e adolescentes.
Dados de uma pesquisa nacional recente nos Estados Unidos, apontam que entre 2005 a 2014, o número de jovens depressivos subiu de 8,7% para 13,3% na faixa etária entre 12 a 17 anos.
No Brasil faltam estudos sobre o assunto, mas, segundo médicos e pesquisadores, o crescimento é uma realidade, não sendo identificado nem tratado. Irritação, agressividade, mudanças bruscas de humor, desânimo e isolamento, são visto como natural para quem convive com adolescentes, já que para eles, não se sentir bem é normal.
Apesar da dificuldade de identificar a diferença entre o comportamento natural do adolescente e os sintomas da depressão, uma vez que esses sintomas se manifestam de forma diferente entre os adolescentes.  Enquanto uns se isolam, outros tornam-se agressivos. Os sinais mais comuns de depressão observados entre adolescentes são: Repetição de sentimentos, atitudes negativas, insônia, perda de interesse em atividades e irritabilidade constante.
É importante que os pais prestem atenção no comportamento de seus filhos e, identificado esses sintomas, o diálogo é fundamental - principalmente ouvir, já que esta é uma das principais reclamações dos jovens e adolescentes – que o pais não têm tempo para ouvi-los.
Não obstante a cobrança constante dos pais pelo bom rendimento escolar, o descontentamento com a imagem corporal, as desilusões amorosas e o medo do futuro, são causadores de estresse. Somados às mudanças naturais que o adolescente sofre, um quadro depressivo pode estar instaurado, sem que seja perceptivo.
Há quem diga que a depressão não pode atingir o jovem cristão, no entanto, esses estão mais propensos à quadros depressivos, visto que os jovens seculares descarregam suas pressões emocionais e adrenalina em festas, baladas e outras atividades.
Devido ao conceito de santidade ensinado em muitas igrejas evangélicas, a juventude cristã tem uma vida sedentária e reservada – o que tendo maior propensão à depressão.
Quando se trata dos filhos dos pastores, além das condições impostas no geral, eles são cobrados pela posição de “filhos do pastor” como modelo. Sobre eles é maior a cobrança. Daí a razão porque muitos se afastam do evangelho.
De acordo com o Instituto Schaeffer, 80% dos pastores pesquisados acreditam que o ministério pastoral afetou negativamente suas famílias, principalmente os filhos.
Pois que o meu espírito se angustia em mim; e o meu coração em mim está desolado”. Sl.143:4.

Osésa Rodrigues de Oliveira

Psicanalista Clínico

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